quarta-feira, 21 de março de 2007

Anime Dreams, sonho de anime pra quem?

Certo, embora esteja atrasado pra caramba, vou dar minhas impressões sobre o AD.
Fui só no Sábado, estive em companhia do Marcelo, dono do site Mushi Comics ( link aqui: http://www.mushi-san.com/ ) e se eu esperava mais do mesmo, foi o que eu tive.
Com agravantes!
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Começou na fila do ônibus que levaria o pessoal para o local do evento. Uma faculdade completamente fora de mão. Fico imaginando quanto tempo seria perdido e quanta grana seria gasta para se chegar no evento e ainda por cima pagar pra entrar...Ponto pra Yamato que raciocinou pelo menos isso.
Passa uma menina pedindo grana pra comprar dinheiro do ingresso, módicos 15 Reais.
Penso comigo mesmo que ir num evento e não ter grana para entrar é simplesmente o fim da picada. Eles anunciam o preço com meses de antecedência, mesmo que fosse 100 reais pra entrar ( cala-te boca, não dá idéia pra essa cambada, Fabiano! ) sempre se tem como guardar um troco, pedir ajuda pra amigos, familiares, cobrar dívidas antigas que nunca foram saldadas...Enfim, ir em evento e ficar mendigando de estranhos grana pra entrar já me dava uma vaga idéia da tragédia que eu ia ver.
Ok, peguei o busão e fomo-nos pro local do tal evento.
Dentro do ônibus, um fulano oferece fotos do evento pra vender. Alguém pergunta se eram fotos de hentai ( leia-se pornografia ) ao passo que o fotógrafo diz que não. Ouve-se um "AAAhh.." decepcionado de algumas pessoas e não se toca mais no assunto das fotos.
Fico pensando se alguém acabou comprando foto desse cara.
Quando o ônibus estava quase chegando, um cidadão toma a frente e conta-nos uma triste história, de que ele seria um ronin ( samurai sem mestre ) que teve a família assassinada cruelmente e blablabla.
E pede-nos $$$ para comprar sua primeira espada japonesa. Que, coincidentemente, estaria a venda no evento, como bem constatei horas depois.
É ruim, hein? As pessoas perderam noção das coisas.
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Chegamos ao local do evento. Sem maiores demoras na fila, comprei meu ingresso, peguei um folheto com um "mapinha", que serviu para ir para o lixo, pois eu não tinha necessidade de ir em nenhum lugar mais específico.
Já na entrada, uma triste constatação: pilhas e pilhas de revistas para serem dadas de graça.
Uma revisteca chulé dessas que vem com CD de graça, no caso a Lan Life, com o primoroso ( *ironia ligada* ) Priston Tale ( *ironia desligada* ) e um clone de Counter Strike (CS pros intímos), voltado pra Segunda Guerra Mundial, War Rock.
E um gibi: Ronin Soul. ( http://www.roninsoul.com.br/ )
Eu tinha comprado o gibi quando o mesmo saiu em banca, no número dois, lá estavam pacotes fechados com o número 1. Eu sabia que o gibi tinha sido encerrado prematuramente, apesar das belas artes de capa e de páginas, Ronin Soul pecava pela história.
Na época, troquei alguns e-mails com Fabrício Belasco, roteirista da revista, ele disse-me que teria inclusive, uma linha de RPG baseada no gibi, além de outros lançamentos no mesmo formato de Ronin Soul ( mini-série de luxo em formato americano ), mas ali, no evento, com todo aquele monte de gibi encalhado à minha vista, eu vi que era tudo balela. Que quando a revista encalhou e parou no número 2, todo o mais foi pra gaveta ou pior, o lixo.
Esse é o destino de gibi que é feito se pensando mais em termo de arte do que história: o encalhe e posterior distribuição gratuita em evento meia-boca.
Espero que o Fabrício aprenda com esse erro, e caso volte a publicar alguma coisa no segmento de quadrinhos se recorde dessa pequena lição.
Porra, historinha com brasileiro negão que recebe espírito de samurai pra ir atrás de gema mágica perdida é foda! ( No pior sentido da palavra, infelizmente. )
Que merda Fabrício, eu não te disse nada nos e-mails porque tinha alguma esperança que tu fosse lançar outras coisas! Mas agora essa merda do Ronin Soul foi pro saco, tudo que tu tinha pra publicar ( se é que tinha mesmo...o que mais tem por aí hoje em dia é artista de uma obra só, vide o decrépito Emir Ribeiro e o limitado Marcelo Cassaro ) foi pro saco também, então estou no meu direito de esculachar.
Eu gastei meu dinhero com essa merda que tu ousou colocar na banca, e aí?
Rola um reembolso? Não né? =)
Tomar no cu, Fabrício! NO CU!
Foda-se.
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Voltando, como de costume, os cosplayers eram a graça do evento. Alguns visivelmente feios, mas como o que manda é a gente se divertir, tá ok.
Nos standes das editoras, nada de novo. Gibis vendidos por preço abaixo do valor de capa eram um atrativo para o lado consumista do povo otaku, mas nada muito além do esperado, pelo menos pra mim.
Curioso foi ver a nova "vertente" de trabalho para quem desenha: fazer caricaturas.
Mais curioso ainda, foi ver um enorme estande da editora parceira da Yamato, com os conceituados ( hehehe ) desenhistas da mesma editora, da famigerada escola Área E, fazendo...caricaturas.
Aí é pra rir, sério. Uma escola de desenho que ensina como fazer histórias em quadrinhos, uma editora que, supostamente, deveria publicar revistas diversas, entre elas de quadrinhos , mas manda seus artistas fazerem caricaturas, me faz pensar que o mercado de quadrinhos brasileiros, sejam eles mangás, comics, o caramba que sejam, não existem.
É melhor ( ou será mais fácil? Humm... ) ficar nas caricaturas mesmo.
Em tempo, não tenha nada contra Diogo Saito ou algum dos colegas dele. Só fico pensando comigo mesmo que pra alguém que faz desenho tão bem, pinta tão bem, ficar só fazendo caricatura é meio que "limitar" o talento não acham?
Fora que fazer caricatura qualquer desenhista razoável faz. Entre num shopping qualquer ou mesmo na rua e comprove.
Mas e os gibis? Aí necas, né?
Enquanto isso tenho que ficar aturando os 500 números do Tio Patinhas no Brasil ou os 30 ânus da Mônica ou dos Heróis da Marvel,que criam pra todo mundo, menos pra gente...
He, tá froids as coisas por aqui!
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Tá mais fácil fazer caricatura do que gibi por aqui!
Frase dita por um desenhista qualquer no fanzine expo, que por sinal tava uma droga.
Comprei alguns fanzines, mas nada de excepcional me chamou a atenção.
Muito "mais do mesmo" entre eles.
Ainda está para aparecer um fanzine com alguma história que eu aprecie ler, seja ele pornográfico ou não.
Mais tarde, posto aqui algumas resenhas do zines que comprei. Teve até zine que eu recebi indicação de gente calejada ( Quem?Adivinha! Ele tem link no meu blog. ) Que me decepcionou.
Talvez eu esteja me tornando uma criatura chata demais, talvez eu devesse me mudar para algum outro país ou me mandar pro Nordeste e virar camponês em alguma pequena propriedade irrigada e nunca mais me meter com essa gente besta!
Mas é a vida, são as pessoas. Ainda vou achar um zine que vai me dar gosto de ler e comprar fielmente.
Ou melhor, zine nada! Eu vou comprar REVISTA, sem essa de diminuir automaticamente o trampo desse pessoal que rala tanto tentando fazer gibi.
Falar "fanzine" ou "zine" é rotular o trampo desse pessoal como amador, e, por tabela dizer que é ruim.
É falar pra eles, nas entrelinhas, que ele nunca farão uma "revista", mas sim "fanzine".
Não é por aí ,embora eu concorde que tem muita revista por aí que se intitula como "revista", mas na verdade é fanzine de luxo.
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E os animes então?
De um lado, um estande de uma distribuidora séria, que paga o que deve aos donos dos direitos.
Estrelas da distribuidora? Full Metal Alchemist, Hunter vs. Hunter e Super Campeões.
Ok, as aventuras desses ultimos beiram o improvável, mas é bem melhor variedade do que ficar martelando Saint Seya pra convencer quem assiste que a coisa presta.
Convecimento por repetição é um mote muito usado, pensando bem...
Mas então, 3 títulos disponíveis em DVD para o mercado brasileiro. Por vias legais, tudo legítimo, pagando direitos autorais a quem merece.
Um respiro do mercado potencial de anime em DVD no Brasil, depois dos mal-fadados Vampire Miyu série de TV, o sofrível lançamento de Shaman King, que não passou de um volume, e dos sempre presentes Cavaleiros do Zodíaco, que se movem por causa de fã desmiolado que não caiu em si que Saint Seya só foi pescado do esquecimento porque ninguém mais aguentava ver a cabeleira loira do São Goku!
(Se bem que trocar o Goku pelo xarope do Seya é dose. Goku pelo menos fazia piadinhas,comia a mulher dele e falava coisa sem sentido pra agradar os filhos, coisa que o Seya tá longe de fazer.).
Não. Não posso dizer que o mercado de DVD de anime está respirando. Pois bastava eu andar um pouco no belo evento e ver o que de verdade acontece: ao passo de que tínhamos UM, eu disse UM MALDITO ESTANDE de uma distribuidora de anime( porque as outras distribuidoras não tão nem aí pra anime, o que rula e sempre rulou whatevah é Hollywood e Disney. ) tínhamos, chutando baixo, pelo menos DEZ estandes de "clubes de anime" como o finado Lum's Club, do nosso amigo de sempre, César T. Ikko, vendendo anime baixado na internet DE GRAÇA pra quem quiser.
Fazer trabalho legalizado? Pagar direito pros donos das marcas? HA! Faz-me rir você, seu tolo! Eu quero é o meu $$$ no bolso!
Seu eu fosse o dono da distribuidora que trouxe o Full Metal Alchemist, estivesse no Anime Dreams, e visse aquela míriade de "Clubes de anime" ( aka, pirateiros aproveitadores ), eu desistiria na hora.
Como aliás, muito sabiamente fez a Nintedo do Brasil ao encerrar as operações da Playtronic e deixar tudo na mão da Gradiente, e posteriormente a um pessoal aí; será que alguém lembra disso?
Brasil, Animes e Roubo: bela combinação.
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Ah, é! Tinham as salas temáticas. Coisas de fantasia medieval, algumas saletas onde o povo jogava ( ou fazia que jogava ) rpg de anime, as salas do grupo Cospobre, Mundo Rosa Sanguinário ( um fórum aí de fanfic dark ), teve até sala dedicada ao Chaves e demais obras do Roberto Gomes "Bolonhesa" e demais saudosistas, já que o Chaves está morto, longa vida ao Chaves, não é esse o mote?
Ah, teve uma sala, muito da picareta por sinal, intitulada "Anime Future".
Do que se tratava? Bem, a sala, claramente patrocinada pela editora JBC, os meus queridos que se preocupam em não deixar os otakus ainda mais otakus ( *ironia* ) consistia de muito mangá que abordava temas de "misticismo", caindo nessa categoria boa parte dos mangás do Grupo Clamp, curiosamente trazidos para cá pela própria editora.
Tinha um lance lá de você ver a sorte usando as Carta Clown, é, as cartinhas lá da meninota card captor...(Que por sinal é mais uma obra "bem boa" do Clamp ).
...Pagando uma pequena taxa.
Desnecessário dizer que quando li isso nem me arrisquei a entrar na sala.
Ah,sim! Teve uma sala de Yaoi e Yuri pros tarados (as) de plantão ( e também pros não tão tarados, whatevah! xD ) Mas era aquele negócio, não podia ser nada de hentai no meio, então as coisas ficaram mais limitadas do que o esperado, caindo naqueles animes/mangás mais conhecidos mesmo, tipo o Gravitation, Maria-sama ga miteru, Utena e demais congêneres.
Mas se formos olhar por outro prisma, nenhum evento de anime se dignava a fazer algo nesse sentido a alguns tempos atrás. Yaoi e Yuri eram temas muito censurados.
Hentai em geral também é censurado de uma forma bárbara (Embora alguns cosplays claramente pudessem ser cotados como algo muito próximo ao hentai, ecchi nesse caso.).
Ao que parece, a turma que organiza os eventos anda "afrouxando", mas vamos ver até onde o pessoal pode ( ou quer ) chegar.
Seria algo muito positivo, pelo menos em evento de anime, haver a tão sonhada "igualdade" sem nivelar todo mundo como idiotas.
Infelizmente, não foi o que eu vi nesse evento, e em outros os quais fui.
Pena. =(

terça-feira, 20 de março de 2007

Sobre a possibilidade de viagem

Houve um dia, não sei direito porque, cliquei num dos links do Yahoo e caí no Yahoo Viagens. Cliquei em Sair de São Paulo, Congonhas e ir até Porto Alegre. Veio então a informação: o custo da passagem seria de cerca de 270 reais, ou seja, eu posso pagar.
Desde aquele dia, tenho refeito em intervalos regulares a pesquisa, para checar se o preço aumenta. Não posso deixar de constatar que uma ansiedade nesse sentido se apossou de mim. Olhando o calendário de feriados, percebi que no começo de Abril, especificadamente, do dia 5 ao dia 8, não trabalharemos.
Feriado prolongado para funcionário público é, em certos momentos, uma benção.
Estipulei. Eu pegaria o avião na Quarta-feira, dia 4, na parte da noite.
Passaria em casa e pegaria minhas malas ( pouca coisa, eu voltaria logo da viagem ). Iria adiantado para o aeroporto, pois os problemas dos aeroportos me preocupam, embora exista a possibilidade da imprensa estar meio que aumentando as coisas.
E me mandaria para Congonhas.
Como o vôo demora cerca de ### horas, eu inevitavelmente chegaria em Porto Alegre de madrugada. O que pediria que eu deixasse reservado em algum hotel um quarto.
Checando alguns preços de hotéis, descubro um valor similar ao da passagem de ida e volta: cerca de 250 Reais, isso por 4 dias de estadia.
*Suspiro*
Converso com encapuzado sobre o assunto. Ele desdenha, diz que é melhor eu comprar algum presente para minha mãe do que ir viajar para vê-lo. Deixo ele na lista de ignorados por alguns dias e o re-adiciono quando ele me manda um mail.
Serei franco, não consigo sustentar minha posição de ir visita-lo, e ir ver algo além dos prédio cinzentos de São Paulo. Já li tanta coisa sobre Porto Alegre, parece ser uma cidade legal, interessante e...porra! Eu nunca viajei pra fora do estado de SP!
Eu não sei o que fazer. Se eu for, periga nem ver meu amigo, dado que vai ser feriado e blábláblá. Sinceramente, acho que ele também não quer me ver. Falou um monte de coisas na minha cachola quando conversamos sobre isso, pensei em ceder pro lado dele e não ir mesmo, mas...
Não sei. Simplesmente não sei.
Hoje é dia 20 de Março. Se eu tiver que comprar passagens e fazer reserva num hotel, não posso demorar...
Mas não sei... ._.

Sobre a crise no bRO

Começou com uma notícia no site. Para quem é de fora, o Ragnarok online é um jogo P2P, quer dizer, Pay to Play, pague e jogue, em bom português.
A forma de se obter itens consiste em simplesmente abater um monstro e, com um pouco de sorte em cima da mecânica do jogo, conseguir com que o monstro em questão derrube ( drope, no jargão do jogo ) algum item valioso.
Obviamente, quanto mais forte o monstro, mais valioso o item que ele pode derrubar e claro, menor a chance dele derrubar o item; forçando os jogadores a matarem o mesmo tipo de monstro inúmeras vezes até que o item desejado seja "dropado".
Voltando, foi anunciado no site que o bRO teria, a partir de uma data específica, itens exclusivos que só poderiam ser adquiridos mediante pagamento ou o chamado "Cash" no jargão de jogos online onde você paga com dinheiro para ter itens melhores e ser mais poderoso, Gun Bound, da On Game, caí nesse requisito.
A justificativa da Level Up Games ( LUG ) foi a de "tendência mundial" em outros servidores oficiais de Ragnarok online, citando como exemplo os servidores do Japão ( jRO ) e Filipinas ( pRO ).
Então, fez-se o caos.
A notícia foi postada no fórum da comunidade do bRO numa sexta-feira. Sendo que nos finais-de-semana o fórum do jogo fica exclusivamente às moscas ( salvo um ou outro moderador de sub-fórum que aparece online ) foram despejados uma dezena de tópicos veementemente CONTRA os Ragnarok Online Points, aka ROPs.
O argumento dos que eram contra os ROPs ( e consequentemente, contra os itens que seriam adquiridos por eles ) eram diversos, mas todos girando em torno de um eixo em comum: desequilibrio excessivo.
Foi feito um video de protesto quanto ao anúncio, o mesmo foi disponibilizado no You Tube e quem tiver interesse, pode assisti-lo clicando no link ao lado: ==> http://www.youtube.com/watch?v=YDxutsCylAs
Os protestos seguiram até Sábado à noite, quando, inacreditavelmente, um moderador do fórum acessou o mesmo e postou uma mensagem em nome da empresa, pedindo que aguardassem um parecer até Segunda-feira.
Chegou o Domingo, dia da guerra das guildas. Dois dos três servidores do jogo ( Iris e Loki ) fizeram uma guerra de protesto, onde clãs criados com os dizeres "Não aos ROPs" e frases similares, quebravam o emperium dos castelos e ao acontecer isso lia-se, via broadcast em todo o servidor algo como:
"O Clã [Não aos ROPs!] Conquistou o Castelo [Palácio da Colina]"
Foi um protesto planejado, sem maiores traições, e apenas um ou outro clã random que ia até o castelo realmente tentando conquista-lo. Pena que no Servidor Chaos o mesmo não aconteceu, se limitando a protesto com janelas de chat abertas em uma cidade com um feudo ( onde ficam os castelos que podem ser conquistados pelos clãs ).
Veio a Segunda-feira. Acatando em parte a opinião da comunidade do jogo, a LUG divulgou uma lista pequena com os itens que poderiam ser adquiridos pelos ROPs.
Sim, ela não retirou os ROPs do jogo como a comunidade queria, gerando um mal-estar tremendo em muitos jogadores, alguns dos quais deixaram o jogo e partiram para outros games, ou no jargão do jogo deram /quit ou quitaram.
E, possivelmente, a LUG aumentaria, com o tempo, a lista. Trazendo até os itens tidos como "apeladores" pela comunidade.
Mas o pior ainda estava por vir.
No Domingo, quando os ânimos começavam o lento caminho para voltar ao normal, mais um tópico era aberto. Um dos usuários do fórum queixava-se do contrato de uso do jogo, tocando em alguns pontos onde o mesmo era absurdamente unilateral e abusivo para com o usuário do jogo.
Ademais haviam também denúncias não confirmadas que os Game Masters do jogo, gente contratada para encarnar um personagem dentro do jogo e ajudar os jogadores no que fosse possível, estavam usando seus poderes para beneficiar uns poucos e não estavam realizando seu trabalho a contento.
Visivelmente irritado, o moderador do fórum pediu que, se o usuário em questão tivesse provas, que as mostrasse, para que fosse apurado.
E o usuário postou as provas. Uma imagem de um log interno do jogo, onde se fazendo uma referência cruzada, pode-se ver claramente que jogadores comuns tiveram acesso a itens que apenas Game Masters teriam acesso. Fora outros favorecimentos como itens fabricados de graça, matar monstros bugados e ganhar experiência acima da média do servidor.
Brasília é parecida com bRO.
E fez-se o caos, de novo. Mas não na proporção dos ROPs.
Passou-se uma semana, como quase todos estavam de molho por causa do fuzuê dos ROPs, quase nem ligaram quando as denúncias de corrupção dos GMs veio à tona.
Pelo visto, no meio da guerra das guildas do bRO, muitos sabem dos podres, mas ninguém tem pau duro de dizer que aquilo é errado.
E eu confirmei isso cerca de duas semanas depois do episódio, conversando inocentemente com um membro de clã que participa da guerra de guildas.
Daí o desânimo pegou forte em todo mundo que brincava no Ragnarok online com um mínimo de fair play.
Eu incluído.
Pensei de dar /quit no Rag. Aquilo era demais, abusos de poder na minha cara, moderador punindo gente no fórum do jogo, gente essa que paga pra jogar porque gosta do jogo, corrupção de GMs, aliás, o pior de tudo: corrupção inclusive do GM líder.
Era demais pra minha cabeça. No meu joguinho não, não no meu joguinho.
Entretanto, duas coisas me fizeram ficar: primeiro, as pessoas que conheci ali dentro. Com quem joguei, dei itens,upamos ( treinar personagens em conjunto ) conversamos, saímos pessoalmente e eventualmente (Ok, "eventualmente" aqui é piada! xD ) fizemos rpg mesmo com as limitações que o jogo impõe ( e diga-se de passagem: como o Rag é chulé para se fazer rpg, meu Deus! ).
Segundo, a posição de Kerdied, ou Leonardo, meu colega de net que assim como eu, ainda brinca no Ragnarok com seu templário e inclusive, encontrou a menina da vida dele no jogo. Kerd, valeu. =) O Raphael pode ficar orgulhoso de sua cria. xD
Cuide bem do seu grupo, cara. E de novo, valeu pelos rpgs peo msn.
Bem, terminou que não saí do Ragnarok Online...Ainda. Mas com certeza, quando esse povo todo debandar para algum outro jogo, existe uma grande chance de eu ir atrás.
Ou talvez eu fique em hiatus por algum tempo, como quando me desliguei da lista Meliny e fiquei tempos sem tocar no campo dos fanfics até que veio o Ragnarok e eu recomecei.
Pessoalmente falando, fico chateado pela comunidade do bRO estar em franca decadência. Jogadores antigos deixando o jogo por causa do mau atendimento da Level Up Games, e um certo descrédito por parte da própria empresa em tratar tão mal clientes tão bons.
Talvez o Rag dure mais um ano ou dois, não sei. Talvez menos que isso. Há quem diga que os itens vendido por dinheiro ( Cash Items ) sejam o prenúncio que alguma coisa não vai bem na empresa que cuida do Rag. A passividade quase que bovina por parte da comunidade Woer ( o pessoal que praticamente sustenta o jogo ) em querer uma comunidade melhor ou mesmo reprovar os abusos de poder cometidos por GMs corruptos me faz pensar que o Rag, e talvez a internet em si, sejam, definitivamente, um espelho torto de nossa realidade.
E um espelho onde muitos como eu, se olham todos os dias.
É isso. =)

sexta-feira, 16 de março de 2007

Os Antigos

E pra onde será que os antigos povos das Américas se foram?
Os Astecas do México foram massacrados e morreram, deixando pouquissimos descendentes no que hoje é a Cidade do México.
Os Maias e os Incas desapareceram sem deixar vestígios. Deixando para trás suas cidades, escritos sobre o calendário solar, e uma tecnologia que a Europa demorou anos para alcançar.
Pensemos o seguinte: os três povos citados, viviam no continente americano a tempos, antes dos europeus chegarem. Muito provavelmente eles foram uma evolução dos indios que viviam no Brasil na mesma época.
Viajando um pouco. Os antigos viviam em relativa paz, tinham seus deuses e estudavam os astros.
Fizeram descobertas surpreendentes nesses campos. Tinham agricultura e pecuária e tudo oriundo a essas duas atividades.
Minha tese é que os antigos aprenderam, de alguma forma que desconheço a usar melhor seu cérebro.
Atualmente, estima-se que o homem, com tudo que fez e inventou, use pouco mais de 10% da capacidade do cérebro.
Meu palpite é que os antigos usavam pelo menos 20%.
Necessariamente, para você desenvolver seu pensar, seu racíocinio, enfim, treinar sua mente você precisa de tempo, um local relativamente tranquilo e nada que perturbe.
Ora, os antigos tinham os três.
E eles, até a chegada dos europeus, eram supremos em suas regiões.
Sem guerras, os antigos se dedicaram a muitas coisas e possivelmente, ao estudo da mente.
Especulo que os antigos teriam como desenvolver algum grau de paranormalidade, se é que não o desenvolveram junto com outros.
Há quem diga que podem ter sido ETs as molas propulsoras dos antigos, mas não creio nessa tese.
O homem atual é ignorante de sua própria capacidade real, e quando não é, se reduz sempre que possível.
Porque esse medo? Porque esse receio de se tornar mais evoluído?
Será que o homem, animal racional, prefere simplesmente se portar como irracional?
Penso eu que sim, infelizmente.

Sofrer

As pessoas adoram sofrer.
Adoram mesmo, de paixão.
Sofrer para as pessoas é mais importante do que o ato de viver em si.
Veja bem por aí: quanto mais ferrada, mais estropiada, mais enganada, mais a pessoa aprecia o sofrimento e quando acompanhada de seus pares, mais valor ela tem.
Porque sofre. Pode uma coisa dessas?
Deveriam vender ações de sofrimento na bolsa de valores. Essas sempre estariam bem-valorizadas.
Te faço um desafio: experimente tratar uma pessoa que sofre um pouco melhor. Lhe dê carinho, atenção, faça-a se sentir um pouco melhor da vida míseravel que ele(a) leva.
Perceba sua reação: lágrimas, falas do tipo "Não mereço", "Não se preocupe" ou simples negação, normalmente com uma desculpa pífia e sem sentido.
As pessoas gostam de sofrem.
Mas...aí me ocorre: se gostam tanto de sofrer, onde esse pessoal desconta suas mágoas para evitar que fiquem todos loucos?
Televisão.
Ligue na novela. Os folhetins são carregados de elementos similares à realidade: intriga, tramóias, lutas pelo poder, coisas que não tornam o ser humano melhor, mas o nivelam a animais se matando.
Assim como é a vida da sofredora que assiste.
Mas qual o diferencial? Ora, no fim, os bandidos se ferram, morrem, ficam loucos, vão pra cadeia.
Pela força do roteiro, os maus recebem uma punição. Porque é isso que se quer ver quando se assiste uma novela: vitória do bem contra o mal.
Porque a realidade é cruelmente diferente, e todo mundo merece um refresco, certo?
Com homem não é muito diferente. Dê um jogo de futebol e está tudo acertado. O sofrimento é aplacado pelo prazer de ver o time vitorioso em um jogo ou mesmo num campeonato inteiro e pelo ainda maior prazer de tirar uma da cara do torcedor do outro time.
Prazer pra uns, sofrimento para outros.
É a distribuição igualitária de sofrimento para todos.
O que é absurdo se formos pegar pela lado racional da coisa: os estádios estão em petição de miséria, os times, muitos são controlados por máfias, quando não por agentes estrangeiros de caráter dúbio ( sim, falo da MSI Russa e do Timão, aka, Corinthias. ), nossos novos talentos, por falta de infra-estrutura dentro do próprio país, vão para o estrangeiro, ganhar melhor, jogar em estádios melhores, e ( porque não?) jogar um futebol melhor.
Enquanto a busca pelo prazer ficar acima de tudo, e que o sofrimento for cultivado como "moeda de troca" entre as pessoas, penso eu que dificilmente veremos melhora na condição geral do Brasil.
Pelo menos no que concerne à parte sudeste do mapa, ainda não pensamos como nação.
Pensamos, mal e porcamente, em nós mesmos.
É isso.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Amor Livre?

Amor livre remete uma idéia de amar todos, até os que não merecem amor. Amar ignorando diferenças de qualquer grau e o que acho mais importante: amar sem se prender a ninguém.
Vejam bem, o amor hoje em dia é extramente possessivo. Tratamos as pessoas como posses, coisas que compramos ou no caso, conquistamos.
Quando amamos dessa forma, tornamos essa pessoa um mero objeto de nosso capricho, que é chamado nesse caso de "amor".
Entretanto, isso provoca sofrimento. Se não na pessoa amada, em nós mesmos. Torna-se proibitivo olhar para outra pessoa, mesmo que ela de alguma forma nos toque, seja pelas suas palavras, pela sua sensualidade ou mesmo pela sua aparência.
Ou seja, amar como se diz amar por aí é igual a sofrer.
E como se sofre!
Um mundo inteiro foi criado em cima desse sofrimento. Um mundo inteiro diz: "Sim, eu amo". Mas nunca admite que "Sim, eu sofro por isso."
E sofrer é algo que não penso cultivar. Existem coisas melhores a ser cultivadas, como a amizade, o companheirismo, a tolerância e a igualdade ampla, geral e irrestrita entre as pessoas do que cultivar sofrimentos diversos.
Esse mundo precisa de mais amor. De preferência, amor de verdade, livre.
Não essa mentira que foi aí colocada por sabe-se quem e foi passivamente, bovinamente aceita.
O mundo precisa mudar.
Eu preciso mudar.

Começando...

Sempre é esquisito começar e recomeçar as coisas. Esse é o meu terceiro Blog, segundo individual.
Meu nome é Fabiano Alves de Jesus, 31 anos completos em 24 de Janeiro. Signo de Áquario. Solteiro. Moro em Carapicuiba, estado de São Paulo.
Ontem dormi longamente pois estava um tanto cansado. Acordei hoje sob a voz de minha mãe, Francelina, e senti-me apossado por uma vontade de escrever esse texto e começar um novo blog.
E é o que estou fazendo. Esse texto está sendo digitado num momento de ócio em meu serviço, a saber, sou auxiliar de enfermagem e trabalho em Jandira, estado de São Paulo, o mais reacionário estado da federação, como bem atesta a revista Carta Capital ( http://www.cartacapital.com.br/ ).
Possuo uma galeria no Deviant Art ( http://www.deviantart.com/ ) onde deixo meus fanfics, contos feitos em cima de algum tema específico, normalmente de temática nerdistica ( videogames, desenhos animados, filmes, etc. ) que pode ser acessado por esse endereço: http://fabiano-alves.deviantart.com/ .
A saber, esse é meu segundo endereço no DA. O primeiro foi deixado de lado por razões que explicarei depois.
E acho que é só isso. Postarei o que achar relevante no Deviant Art e aqui, pois fiz de lá meio que meu blog também.
É isso. =)