sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Ano começa depois do Carnaval!

Boa noite.
Então, com o fim do Carnaval, nessa Segunda-feira começa "oficialmente" o ano de 2010 para a maioria dos Brasileiros.
Mesmo eu.
Entretanto, nessa Quinta e Sexta-feira, fomos trabalhar, normal, acontece.
E ém cima desses dois dias que trabalhamos que pude ter, mesmo que tivesse sido por alto uma pálida idéia de como será esse ano de Copa do Mundo, Eleições ( Xiii, lá vem bomba! ) e demais merdas que sempre permeiam a vida da gente.
Essa postagem tratará de meu trabalho. Não é lá um assunto que eu aborde muito aqui no blog, é algo que me chateia, e muito. Entretanto, sinto necessidade de falar disso em algum momento, não tem como ficar com coisas presas na cabeça, isso não faz bem e eu descobri isso do pior jeito.
Então, vamos lá!
Como muitos dos meus contatos na net e mesmo in IRL ( vida real ) sabem, eu sou funcionário público de uma cidade pequena, na periferia de SP ( Região Metropolitana de SP para mim, é periferia com nome politicamente correto! ).
Ser funcionário público é uma merda. Digo isso sem medo algum. Você não tem plano de carreira lá dentro, você faz o concurso ( que eu chamo carinhosamente de loteria ) entra, vai trabalhar em lugares ruins, com máquinas ( quando existem, me refiro a pcs ) velhos, sucateados, recauchutados ao extremo, enfim máquinas ruins e o pior de tudo: pessoas ruins, muito ruins.
Não digo ruins no sentido de maldade, mas digo ruins no sentido de não saberem o que estão fazendo ou porque o fazem.
Todos enaltecem a estabilidade do funcionalismo. "Ai, que bom é trabalhar e ser estável, não poder ser demitido do nada, sem mais nem menos.."
Doce, doce, dulce ilusão.
Por quê doce ilusão? Raciocina comigo: Você tá lá, ok. Tá trabalhando. Ok. Tá recebendo o seu a cada 30 dias. Ok.
O que mata o funcionário nesse processo é: desmandos ( tem muito ), e ausência de estrutura ( gente competente, material de trabalho bom, um ambiente de trabalho mais ameno.).
O resultado disso você vê com o passar do tempo, ninguém fica num emprego público. É apenas e tão somente apenas um quebra-galho.
Muita gente vai embora porque fica de saco cheio. E você fica mesmo porque:
- Você nunca muda de cargo. Fato. A ausência de um plano de carreira te deixa encarcerado no teu cargo, até você prestar outro concurso ( loteria ) e trocar de cargo.
- Ambiente ruim: o mais baixo tipo de pessoa você vai encontrar ali. Não que eu esperasse que todos fossem gênios formado em Oxford ou Harvard, mas o nível de conhecimento das pessoas ali é baixo, baixo demais. É gente que assiste Luciana Gimenez no Superpop ou o Datena pra depois ficar comentando. Em síntese, você vai conviver com gente burra, maluca ( acontece muito ) ou simplesmente mal-intencionada.
- Ausência de estrutura: Você vai no banheiro, em alguns casos falta até papel higiênico. Café? Quando tem é de péssima qualidade, compram o mais barato e fica por isso mesmo. Não gostou? Não toma.  Isso porque não entrei no mérito das instalações municipais. Prédios velhos, com infiltração de água, rachados, salas divididas sem qualquer planejamento.
- Chefias: Uma das maiores porcarias do serviço público. Normalmente o chefe ( ou funcionário do primeiro escalão, oh, que chique esse termo! ) é algum infeliz citado acima ( maluco, burro ou mal-intencionado, quando não os 3 ao mesmo tempo ). que só pegou o cargo porque ajudou o prefeito durante o período de eleições ou algum vereador e ganhou uma "boquinha" com a vitória no pleito.
- Salários: Os aumentos salariais, pelo menos onde trabalho, só aumentam realmente quando aumenta o mínimo; quer dizer, não existe aumento real.
Agora, olhem para tudo isso e me respondam com sinceridade: Vale a pena a tal estabilidade se tu vai trabalhar num lugar de merda, com gente de merda e ganhar um salário de merda?

Bem, para cerca de 10 milhões de brasileiros vale:
http://www.istoe.com.br/reportagens/46397_CONCURSO+O+SONHO+DA+ESTABILIDADE

Eu ri.
Depois edito aqui.

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