sábado, 15 de dezembro de 2012

The Walking Dead, os Quadrinhos!


Olá!

Me pediram para falar de "The Walking Dead" história em quadrinhos conhecida aqui no Brasil pelo nome de "Os Mortos-vivos" saindo em edições especiais encadernadas pela Editora HQM, de São Paulo.


O Começo de tudo

Vocês devem ter lido a minha primeira matéria sobre o Fest Comix 2012, pois bem, foi a partir dali que conheci os quadrinhos de Os Morto-vivos, ou melhor, The Walking Dead.




Durante o evento foram dados de graça exemplares da nova edição da revista, agora com periodicidade mensal e seguindo a numeração original dos EUA.
Vale lembrar que a edição americana impressa de The Walking Dead ( TWD, abreviado )já passou do número 100 lá e é um sucesso em vendas, mesmo com os norte-americanos tendo a farta quadrinhos digitais e webcomics em sites.

Veja o Top20 das revistas mensais mais vendidas de outubro nos EUA:
  1. 303,722           Uncanny Avengers #1
  2. 171,142           Avengers vs. X-Men #12
  3. 148,205           Batman #13
  4. 117,752           Justice League #13
  5. 105,420           A Plus X #1
  6.  91,814           Green Lantern #13
  7.  76,392           Detective Comics #13
  8.  75,298           AVX vs. #6
  9.  74,378           Walking Dead #103
  10.  73,272           AVX Consequences #1
  11.  69,606           Marvel Now Point One #1
  12.  67,241           Action Comics #13
  13.  65,981           Uncanny X-Men #20
  14.  65,271           Batman The Dark Knight #13
  15.  63,097           Batman and Robin #13
  16.  62,799           AVX Consequences #2
  17.  62,495           Avengers #31
  18.  61,529           Earth 2 #5
  19.  60,888           Batman Incorporated #4
  20. 59,896           AVX Consequences #3
Mais de 70.000 exemplares impressos vendidos, a marca do sucesso de TWD em seu país de origem.
Fonte: Action & Comics.

Sobre as Edições Brasileiras

TWD ou melhor, Os Mortos-vivos vem sendo publicado em edições especiais com 148  páginas, contendo arcos completos de história. A última edição brasileira é a número 10, com o título de "Aquilo que nos tornamos" e compreende as edições 55 até  60.
A nova edição brasileira ( mostrada no começo dessa matéria ) começa do número 1 e pretende seguir a numeração normal até alcançar a numeração estrangeira.
Nada pessoal, mas eu acho mais produtivo para quem for colecionar comprar mesmo a edição encadernada, porque a nova edição, agora chamada de The Walking Dead possui poucas páginas e a periodicidade mensal pode tornar o ato de colecionar a mesma algo cansativo.
A revista é toda preto-e-branco, com bons desenhos e principalmente história. Além disso, contém comentários do autor, Robert Kirkman um extra interessante pelo menos pra mim.

A História

Rick Grimmes é um policial de uma cidade pequena no interior dos EUA. Durante uma missão, ele é baleado por um criminoso e acaba no hospital. Quando acorda e se vê sozinho no quarto Rick procura por ajuda e constata que todo hospital está deserto. Ou pelo menos assim ele pensava.
Abrindo inadvertidamente uma porta trancada do hospital ele se vê diante de uma multidão de mortos-vivos. Assustado, Rick foge deles, deixa o hospital e tenta voltar para casa. Apenas para ver tudo destruído pelo caminho e a presença de mortos-vivos em praticamente toda parte.

O Drama , A Ousadia e a Esperança

TWD é, nas palavras do autor, Robert Kirkman, "Um filme de zumbis que nunca termina(...)". Com esse contexto espera-se uma história cheia de drama e sobrevivência por parte de Rick e demais personagens.  E é isso mesmo que a história dá.
TWD não fala apenas de zumbis, sobrevivência, mundo devastado, mas sim fala principalmente de drama.
Começando com Rick Grimmes e se estendendo aos familiares de Rick e as pessoas que ele encontra pelo seu caminho. Muitas vezes durante a série é possível ver humanos que perderam o senso de até onde devem ir pela sobrivência, e por isso mesmo se tornaram monstros, mais animalescos que os próprios zumbis em sua busca eterna por carne humana.
Ao mesmo tempo que trata de drama, TWD tem sua dose de ousadia com personagens homossexuais dentro do contexto. Embora o grupo de personagens varie de um arco de história para outro, a presença de personagens gays torna a obra mais realista num contexto mais geral.
Tudo se passa nos EUA, certo?  Um EUA devastado por zumbis, mas ainda com a presença de homossexuais. E mesmo assim, com tanta coisa acontecendo errado, TWD não é uma história depressiva, em muitos momentos ela invoca aquilo que faz os EUA serem o que são, lutadores mesmo contra as maiores adversidades.
Mesmo que essa adversidade seja um apocalipse zumbi.
Eu poderia dizer que TWD tem muito do espírito dos super-heróis nele, mesmo sendo uma história que fala essencialmente de pessoas comuns, sem poderes ou armas altamente tecnológicas.
Os personagens lutam, amam, sofrem, tentam manter sua humanidade intacta.
E isso faz deles personagens muito especiais.

Finalizando...

Eu confesso que em muitas passagens, TWD me arrancou lágrimas e me empolgou muito. Li a edição nova que saiu e me empolguei a acompanhar a série. Baixei scans ( links mais abaixo ) e penso seriamente em comprar os encadernados. A série é ótima, seja em roteiro ou desenhos.
As coisas deram tão certo para TWD que uma série televisiva foi lançada e atualmente se encontra na terceira temporada, sendo também um sucesso.
Robert Kirkman colhe os frutos de seu trabalho, assim como Tony Moore ( desenhista original da série ) e Charlie Adlard ( atual desenhista ).


Links!

As HQs de The Walking Dead podem ser baixadas pelos seguinte sites:
Coringa Files:  http://www.coringa-files.com/
Ndrangueta & DeckArt:  http://ndrangheta-br.blogspot.com.br/
Vertigem Scans:  http://vertigemhq.blogspot.com.br/

No entanto, reforço, comprem as edições impressas. Essa história merece todo reconhecimento que tem.
Eu mesma(o) nunca fui de ler histórias de zumbis, me interessei demais pela série em si. E se aconteceu comigo, pode acontecer com você também.
As edições brasileiras de The Walking Dead podem ser encomendadas diretamente pela Comix Book Shop ou qualquer loja de quadrinhos online.

- Comix Book Shop: http://www.comix.com.br
- Banca 2000: http://www.banca2000.com.br
- Loja HQM: http://www.lojahqm.com.br/2008/index.php



(...)
No segundo que colocamos uma bala na cabreça destes monstros...No momento que martelamos a cara deles...Ou decepamos a cabeça deles.
Nos tornamos o que nós somos.
E é só isso. É onde isso chegou. Vocês todos não sabem o quê somos.
Estamos cercados pela morte.
Estamos entre eles...E quando nós finalmente desistirmos, nós nos tornaremos um deles.
Você acha que nos esconder atrás dos muros vai nos proteger desses mortos-vivos.
Você entende isso?
Nós somos os mortos-vivos! ("We are the walking dead!", no original ).
(...)
- Rick Grimmes, TWD #24, páginas 19-21.

É isso, até mais!
Muito obrigada(o)!
S2

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fest Comix 2012: Eu fui!




Olá!

Bem, eu tinha prometido para a Angie uma matéria falando da Fest Comix 2012, então cá está ela!


O que é a Comix?

A Comix Book Shop é uma loja de quadrinhos, figuras de ação, DVDs e outros objetos instalada em São Paulo desde 1986. Ela possui em seu site uma loja virtual que vende todos os artigos encontrados na loja física e desde 2001 realiza em São Paulo o Fest Comix, onde se vende todos os itens da loja por preços reduzidos.

E o Fest Comix?

Eu me lembro que o Fest Comix bem antigamente era realizado no prédio onde fica a Fundação Casper Libero, conforme os anos foram passando e o público aumentando, o evento tem sido realizado no Centro de Convenções São Luis desde então.
Paga uma quantia para entrar no evento, mas nada demais, esse ano o custo foi de 10 Reais, uma vez lá dentro você poderia ir comprar os mangás e quadrinhos que desejasse com desconto ou participar das atividades e palestras que ocorrem lá dentro.
Entre as atividades, videogames ligados direto, cosplays e palestras com artistas envolvidos com lançamentos que aconteciam no evento.
Ah, e mesmo os lançamentos vinham con descontos em relação ao preço de capa.
Esse ano a quantidade de pessoas extrapolou as expectativas. A fila para comprar um ingresso e entrar no evento dobrava o quarteirão, eu mesma(o) não pude entrar num primeiro momento. Saí para dar umas voltas com amigos e voltamos mais tarde.
Pensem num lugar cheio de mangás. Não só mangás de praticamente TODAS as editoras, mas também quadrinhos de super-heróis, Marvel DC, Image, Quadrinhos alternativos brasileiros, Mônica Jovem, Luluzinha Teen, quadrinhos desse ano, de 3, 4, 8 anos atrás ( quando os mangás começaram a pegar forte no Brasil ).
Tinha tudo isso lá.
Alguns títulos poderiam ser adquiridos por R$ 1,00. Sim, você não está lendo errado, tinha revista lá saindo a UM REAL. E o que não estava a esse preço tudo tinha desconto em cima do preço de capa.
Não me admira que tinha fila para entrar lá. Guardadas as proporções acho que não seria errado pensar que o Fest Comix é a coisa mais próxima do Comic Market do Japão, aquela lendária convenção anual de quadrinhos onde os artistas japoneses vão vender seus mangás feitos em casa ( chamados doujins ).

Presenças  Internacionais

Todos os anos a Fest Comix recebe autores nacionais e estrangeiros durante o evento. Esse ano, a presença de autores de Mahwas ( os quadrinhos coreanos ) foi um dos pontos altos do evento.
Park Sang-sun é a autora de Tarot Café e Ark Angels, ambos publicados no Brasil pela Editora New Pop.
Kim Byung Jin é o desenhista de Chonchu - o Guerreiro Maldito, publicado aqui no Brasil pela Editora Conrad.
Essas coisas fazem eu pensar que talvez o dia que teremos algum mangaká famoso por aqui não esteja distante.

Uma opinião pessoal

Eu coloco mais fé na Fest Comix do que em Eventos de Anime convencionais, como o Anime Friends. A premissa da feira é sincera: vender quadrinhos mais baratos e ter outras atrações. Só por isso ela funciona muito bem. O preço da entrada não é salgado como nos eventos e com um pouco de dinheiro você pode sair de lá até com coleções completas de mangás, que são vendidos em pacotes fechados e claro, já com desconto.
O espaço para alimentação é pífio, mas oras, o evento acontece no centro de São Paulo, uma caminhada de 2 minutos e você acha uma lanchonete ou restaurante.
Ou mesmo tem uma opção de se levar um lanche e comer lá.
Um outro aspecto negativo da Fest Comix é a ausência de um espaço para o pessoal que faz fanzines. Simplesmente não tem, o que ocorre é quando vai lá um grupo ( caso do Quarto Mundo / Petisco Webcomics, Editora Crás, entre outros ) e consegue um estande no evento para mostrar seu trabalho. Talvez isso seja algo a ser trabalhado pela direção do evento.
Não digo fazer algo como o Fanzine Expo, que perde artistas a cada ano que passa, mas algo com nível mais profissional e menos amador.
Talvez o caminho da Fest Comix seja se tornar o mais profissional possível, para si mesma, como evento, como para quem a frequenta e principalmente, para os artistas.
Presença de artistas nacionais são uma constante. Artistas europeus também, idem para os dos EUA.
Esse ano vieram coreanos.
Teve o problema da fila de entrada esse ano, mas creio que isso foi o menor dos problemas. Muita gente que entrou lá saiu carregado de gibis.
Tem o caso da localização, o Fest Comix só acontece em São Paulo, se o evento pudesse ocorrer em outros estados seria ótimo para todo mundo.
Enfim, me representa que o evento, embora falho em alguns pontos é o melhor que temos até o momento no Brasil. E isso é ótimo.

Algumas coisas que comprei lá!





É isso, até mais!
Muito obrigada(o)!
S2